sexta-feira, 3 de março de 2006

Arminius e Calvino

Encontrei a seguinte citação na internet de Jacobus Arminius (o pai dos arminianos, cujo sistema teológico foi sistematizado e organizado pelos seus discípulos/alunos com o objetivo de rebater o calvinismo):

"After the reading of Scripture, which I strenuously inculcate, and more than any other ... I recommend that the Commentaries of Calvin be read ... For I affirm that in the interpretation of the Scriptures Calvin is incomparable, and that his Commentaries are more to be valued than anything that is handed down to us in the writings of the Fathers -- so much that I concede to him a certain spirit of prophecy in which he stands distinguished above others, above most, indeed, above all" - Jacobus Arminius (1560-1609)

traduzido:

"Após a leitura das Escrituras, que eu arduamente encorajo, e mais que qualquer outra coisa... Eu recomendo a leitura dos Comentários de Calvino... Pois afirmo que na interpretação das Escrituras, Calvino é incomparável, e que seus Comentários devem ser mais estimados que qualquer coisa passada a nós pela escrita dos Pais da Igreja -- de tal forma que eu atribuo a ele um certo espírito de profecia que o distingue acima de outros, acima de muitos, aliás, acima de todos" - Jacobus Arminius (1560-1609)

Será que só eu achei isso engraçado?


Nota: Não achei a fonte (e por isso fiquei com um pé atrás de publicar, mas a tentação foi grande demais e não resisti :-). Um prêmio pra quem conseguir me indicar aonde Jacob Arminius escreveu isso.

21 Comments:

Blogger Jorge Oliveira said...

Embora com falhas entendo que Calvino foi um grande homem de Deus. E se o “post” for verdade, só confirma que Arminius também o era. Um cristão humilde, tolerante, respeitador e reconhecido pela vida dos seus Irmãos, mesmo os que não concordavam com ele.

Se é certo que nem todos temos a sabedoria de Calvino, todos os que se dizem filhos de Deus deviam ter a atitude de Jacobus Arminius. Não?

sexta-feira, março 03, 2006 1:08:00 PM  
Blogger Gustavo Nagel said...

Bom, eu fico com os dois pés atrás! :)

Onde você encontrou essa pérola?!

Abraços.

sexta-feira, março 03, 2006 10:45:00 PM  
Blogger Daniel Portela said...

Encontrei no site monergism.com e dei uma googlada. Até que está bem espalhada por aí...

Abraço,

Daniel

segunda-feira, março 06, 2006 8:03:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Procurando e procurando, achei um livro que diz fazer essa citação, livro este que só encontrei em inglês mesmo, mas sem tempo disponível pra conferir se a citação está ali como dizem estar e apenas algumas páginas estão disponíveis para leitura na internet... O livro e os autores: Calvin Institutes of the Christian Religion (2 Volume set) by John T. McNeill,Ford Lewis Battles,John Calvin...

segunda-feira, março 06, 2006 3:49:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olá Daniel ,  
Acredito que este texto tenha sido tirado das notas adicionais do editor americano do texto “The Life of Calvin”, de Teodoro Beza. Pelo menos é esse editor quem faz a citação (fora da Internet), dando como fonte “Table Talk p. 143 e remetendo o leitor também para o verbete “Calvin”, na Sir David Brewster’s Encyclopedia. Ele não diz qual é a "Table Talk". Na de Lutero, não encontrei nada a respeito. Também não tenho acesso à enciclopédia do David Brewster, para saber se a referência é ao contexto geral do assunto (as falsas acusações feitas a Calvino) ou se é especificamente à citação de Armínio. É uma boa pesquisa a ser feita.

Essas “notas adicionais” se encontram na edição eletrônica da "John Calvin Collection", da The Ages Digital Library, no título "The Life of John Calvin", by Theodore Beza (Bo o k s f o r t h e A g e s, Ages Software • Albany, Or Usa Version 1.0 © 1998).Também estão na internet, mas sem a indicação das fontes que são dadas na edição eletrônica (http://www.godrules.net/library/calvin/143calvin4.htm ).  

O texto é o seguinte:- Depois de dizer, na Nota B : "Perhaps no man has ever been more slandered and calumniated by the enemies of truth, nor more respected and venerated by its friends, than John Calvin", ele diz mais à frente, na Nota C: "Meanwhile, let the enemies of the reformer’s memory ponder the testimony of Arminius himself. In a letter, only two days before his death, he says: ´After the holy Scriptures, I exhort the students to read the Commentaries of Calvin: . . . for I tell them he is incomparable in the interpretation of Scripture; and that his Commentaries ought to be held in greater estimation than all that is delivered to us in the writings of the ancient Christian fathers: so that, in a certain eminent spirit of prophecy, I give the pre-eminence to him beyond most others, indeed, beyond them all.´ f95 ((ft95 Table Talk, p. 143. See also a fair discussion of the case in Sir David Brewster ’s Encycloptedia, Art. Calvin.”).  

Acredito que esta seja a fonte onde os demais estejam se baseando. Os editores da Logos Library usam esta afirmação para divulgar seu Comentários de Calvino (http://www.centuryone.com/2000-0.html), e até o Conrad Mbewe, diz isto, em seu estudo sobre João Calvino (  
http://www.kbc.org.zm/mono/Monographs/John Calvin.pdf )

Acho que a afirmação é verdadeira, em virtude da confiabilidade dos que a citam.

João Alves

quinta-feira, março 09, 2006 10:09:00 PM  
Blogger Daniel Portela said...

Obrigado João!

Fique na paz. Quem saiba com mais tempo eu aprofunde a pesquisa.

Abraço,

Daniel

sexta-feira, março 10, 2006 9:02:00 AM  
Blogger Josaías said...

O João já fez a pesquisa completa, mas queria adicionar que essa citação aparece num livro aqui do Brasil, no Prefácio à Edição Brasileira do Comentário de Romanos. Já tinha visto em algum lugar e saí catando os comentários pra ver qual era. A nota de rodapé diz que a informação é do livro "The Teaching of Calvin: A modern Interpretation", de A. Mitchell Hunter.

abraços

terça-feira, março 14, 2006 11:10:00 AM  
Blogger . said...

Irmãos,

Resta saber a época da citação. Será que era um Armínio "arminiano" já? Fiquei curioso para saber.

terça-feira, março 14, 2006 7:30:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Bem Portelinha...

Eu dei uma pesquisada "básica" na net e encontrei no monergism.com que a citação vem do livro The Works of James Arminius: The London Edition, vol.1 pag.295...

André Scordamaglio

sábado, março 18, 2006 8:11:00 AM  
Blogger Marcelo said...

Gente, penso que o Daniel terá que dar uns prêmios para os nossos publicadores supra, principalmente pela exaustiva pesquisa. Sugiro que o prêmio seja um doce. Aqui na Paraíba a gente diz "dou um doce para quem descobrir..."

Marcelo Hagah
João Pessoa-PB

sexta-feira, março 24, 2006 7:08:00 PM  
Blogger David Portela said...

Acho que eu e o André vamos ter que repartir o prêmio, viu: achei o livro...

quarta-feira, março 29, 2006 1:48:00 PM  
Blogger Daniel Portela said...

Valeu David! Esse achou a fonte direta! É só dar uma passadinha aqui em casa pra buscar o prêmio!

abraço,

Daniel

quarta-feira, março 29, 2006 1:51:00 PM  
Blogger David Portela said...

"É só dar uma passadinha aqui em casa pra buscar o prêmio!"

Grrrrrrr....

quarta-feira, março 29, 2006 1:55:00 PM  
Blogger Daniel Portela said...

Hahahaha, só assim pra receber uma visita :-)

abraço,

Daniel

quarta-feira, março 29, 2006 2:04:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

O Rev. Hermisten usa com frequencia essa citação. Daí, em uma consulta a ele sobre a fonte foi dito o seguinte:

Carta escrita a Sebastian Egbertsz, publicada em 1704. Vd. F.F. Bruce, The History of New Testament Study. In: I.H. Marshall, ed. New Testament Interpretation; Essays on Principles and Method, Exeter: The Paternoster Press, 1979, p. 33. A. Mitchell Hunter, The Teaching of Calvin: A Modern Interpretation, 2ª ed. revised, Cambridge, England: James Clarke & Co. Ltd. 1950, p. 20; P. Schaff, History of the Christian Church, Peabody, Massachusetts: Hendrickson Publishers, 1996, Vol. VIII, p. 280; James Orr, Calvin’s Attitude Towards and Exegesis of the Scriptures. In: R.E. Magill, ed., Calvin Memorial Addresses, Richimond VA.: Presbyterian Committee of Publication, 1909, p. 92

sábado, junho 17, 2006 12:55:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Daniel,

Não sei o que você tem pesquisado, mas o termo "rebater" para uma postagem é impróprio!

Outra coisa: Não é fiel ao periodo falar que Arminius se levanta contra Calvino, pois é anacrônico! Calvino e Arminius nunca se viram e nao foram contemporâneos!

O que Arminius buscou fazer foi uma re-interpretação dos escritos calvinistas; com isso mostrar um incompatibilidade, dos seus dias, com o pensamento calvinista. Portanto, Arminius era calvinista sem "As institutas da Religião Cristã e os comentários de Calvino" como a maioria dos calvinistas modernos!!!!

Pense, nao dê descarga!

Alguém...

quarta-feira, agosto 09, 2006 2:56:00 PM  
Blogger Daniel Portela said...

Prezado anônimo/alguém,

1) De acordo com o dicionário, a palavra rebater tem os seguintes sinônimos: "repelir; refutar; contestar;" (fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx)
e portanto é SIM uma palavra válida para ser utilizada.

2) Qual blog você está lendo? O meu certamente não é. Nunca afirmei que Calvino e Arminius eram contemporâneos e muito menos que Arminius se levantou contra Calvino. O que eu realmente disse foi: "Encontrei a seguinte citação na internet de Jacobus Arminius (o pai dos arminianos, cujo sistema teológico foi sistematizado e organizado pelos seus discípulos/alunos com o objetivo de rebater o calvinismo)". Nunca disse o que você falou.

3) Por fim, parece-me que o senhor(a), além de se esconder por trás do anonimato, é um daqueles comentáristas em blogs que só deseja causar tumulto e então nem lê cuidadosamente o que foi escrito e acaba focando em pequenos (e as vezes inexistentes) detalhes. Por favor, REBATA, REPILA ou REFUTE algo que realmente foi escrito e não aquilo que você ACHA que foi escrito. A gentileza de se identificar também seria bem-vinda.

Obrigado pelo post. Agora é sua vez de pensar e não dar descarga.

Daniel

quarta-feira, agosto 09, 2006 3:35:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Daniel Portela, saúde.



Após postar uma afirmação positiva de Arminius, sobre Calvino, você indaga: – “Será que só eu achei isso engraçado?”.

Afirmo que eu também acho engraçado. É certo que a graça que me faz rir, não me leva no mesmo caminho que você.

E o motivo do riso é o seguinte.



Todos os que se iniciam no caminho da pesquisa da História da Teologia Protestante, logo no início da jornada, passam a conhecer a controvérsia teológica arminiana/calvinista.

Se aprofundando um pouco mais, saberão que Arminius era um calvinista, e por ser um profundo conhecedor de teologia, foi escolhido para refutar Dirck Koornhet, que atacou a teologia calvinista, defendida pela igreja Holandesa. É sabido, que foi no processo da preparação da réplica contra Koornhet, no processo dos estudo bíblicos-teológicos, que seriam dirigidos contra Koornhet que Arminius mudou de direção.

Destarte, é motivo de riso um conhecedor da controvérsia arminiana/calvinista, achar engraçado a afirmação positiva de Armínius aos comentários de Calvino, sabendo que Arminius havia aceitado defender a teologia da Calvino dos ataques de Koornhe, e que foi no processo de refutação a Koornhet que ele mudou de direção.

Ao invés de achar engraçado, o razoável não seria, achar previsível?



É importante ressaltar que o fato de Arminius tecer elogios aos comentários de Calvino reforça e enriquece a validade de sua rejeição, por alguns motivos.



. Primeiramente porque, dantes, estimando a teologia calvinista – fica evidente que ele não tinha um pré-conceito negativo das assertivas calvinistas.

. Porque fica claro que ele realmente conhecia a Teologia Calvinista – e se as rejeitou, não o fez por ignorá-las.

. Deixou evidente, que realmente se debruçou nas Escrituras, tanto que rejeitou aquilo que antes aceitava como correto. Essa rejeição, que precedeu uma aceitação, prova que seu posicionamento não se deu sem uma prévia reflexão. Não se rejeita por acaso o que dantes se aceitava.

. Mostrou capacidade em reconhecer o erro, ao invés de permanecer nele.



Lailson Castanha.

sexta-feira, maio 30, 2008 2:53:00 PM  
Blogger Daniel Portela said...

Prezado Lailson,

Agradeço os detalhes adicionais.

Agora, se essa citação foi feita quando Arminius já havia abandonado o "calvinismo" então ela continua sendo engraçada. Se Arminius discordava completamente da interpretação das escrituras de Calvino, mas depois o classifica como aquele que melhor interpreta a palavra de Deus, ele está sendo irônico ou até um pouco contraditório.

Como não tenho a data exata de quando ele disse isso (se foi antes ou depois da reviravolta em suas crenças) continuo achando engraçado. Se tiver a data, por favor compartilhe conosco.

Agora, se você acha que o fato dele ter abandonado o calvinismo reforça a posição arminiana como sendo mais bíblica que a de Calvino, o que dizer dos milhares que abandonaram o arminianismo e que acabaram abraçando o calvinismo como interpretação correta das escrituras?

Talvez não foi isso que você quis dizer, mas deu indícios de que você apoia a posição de Arminius. Tudo bem. Porém, seria mais útil discutirmos as idéias em si do que a vida dos "pais" dessas teologias.

Enfim, friso também que em nenhum momento afirmei que Arminius faltava com humildade e estudo da palavra, se foi isso que transpareceu para você.

Abraço,

Daniel

sexta-feira, maio 30, 2008 3:18:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Companheiro Daniel, Saúde.

O conectivo condicional “se”, impossibilita que a situação comentada seja efetivamente engraçada, já que estamos tratando de hipóteses.

Podemos num dado momento acreditar numa uma certa posição ideológica, mas, fazendo uma análise mais exaustiva, podemos chegar numa outra conclusão. Este foi o caso de Armínio.

É importante ressaltar que as diferenças de Armínio com a telogia calvinista não se deu num todo, se deu apenas em alguns aspectos - principalmente a dupla predestinação absoluta (principalmente a reprovação absoluta), de resto ele estava em sintonia com o sistema da igreja Reformada Holandesa.

Para um ex discente uma grande escola reformada, como a que estudou e lecionou Arminio (Leyden), as obras de Calvino, não poderia ser vista como reprováveis, mesmo que existisse pontos discordantes. O importante é que o fundamento da fé, naquelas obras eram tratadas ciosamente, por isto eram dignas de serem referenciadas.
Podemos observar nas obras de Arminus, que ele tinha Calvino em grande estima, mesmo discordande em alguns pontos.

Beza um grande calvinista tratou Arminius com distinção, inclusive incitou aos de Ammsterdã, que mantivessem o patrocínio aos estudos de Armínio, por ele ter “inteligência sagaz tanto com respeito à percepção quanto à discriminação das coisas”.(1) Também afirmou: “Esta é a nossa opinião de Arminius – um jovem homem, inquestionavelmente, tanto quanto nos é possível julgar, muitíssimo digno de sua benevolência e liberalidade.”(2)

Quanto a data da afirmação ignoro, lendo-as, entendi que Armínio ainda estava em meios as controvérsias, destarte, foram escritas por um Arminio já divergente. O conselho é dado a seus ex alunos, para que não sigam o exemplo de Helmichius de ignorar os escritos de Calvino.

Não afirmei que o fato de Armínio ter abandonado o calvinismo que reforçou a sua posição como mais bíblica. O que afirmei, é que, sendo Arminio dantes um calvinista, e não só isto, um profundo conhecedor do calvinismo, este fato, legitima a sua posição de questionador – simplismente porque questionava o que conhecia, e também porque o seu questionamento não foi fruto de um pré-conceito, já que ele aceitou até defender a doutrina dantes abraçada.

Companheiro, sobre a grande quantidade de pessoas que adotam o calvinismo como doutrina, a maioria delas não conhecem o arminianismo, conhecem idéias deturpadas, um “pseudo arminianismo”.
Ademais, não acredito que conversões doutrinárias reforçam esta ou aquela idéia, estas ações e posicionamentos, pode tanto provar a consistência de uma idéia, como escancarar a ignorância de pessoas em relação a doutrina que afirmava serem partidária. Se não acreditasse assim, poderia me valer também da adesão de Clark H Pinnock ao Open Theism, sendo que antes, era um calvinista.

Daniel, jamais poderia questionar a sua posição irônica quanto a afirmação de Arminio, já que proposta do seu site é ser politicamente incorreto, portanto, se você comete uma falácia, esta, naturalmente faz parte da proposta, e, quem sou eu para questionar?

Participo, naturalmente aceitando as condições.

Mesmo sendo um arminiano, acredito que seu papel de provocador seja importante; creio que provocações são válidas, pois as mesmas nos ajudam a avaliar a consistência dos sitemas por nós encarnados.

Saúde.

Lailson Castanha
______
(1)Theodore Beza, citado em Bangs, Arminius: A Study, p. 74.
(2) ibdem

sábado, maio 31, 2008 7:33:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Companheiro Daniel, Saúde.



O conectivo condicional “se”, impossibilita que a situação comentada seja efetivamente engraçada, já que estamos tratando de hipóteses.



Podemos num dado momento acreditar numa uma certa posição ideológica, mas, fazendo uma análise mais exaustiva, podemos chegar numa outra conclusão. Este foi o caso de Armínio.

É importante ressaltar que as suas diferenças com a telogia calvinista não se deu num todo, mas apenas em alguns aspectos - principalmente a dupla predestinação absoluta (com enfoque na a reprovação eterna), de resto ele estava em sintonia com o sistema da igreja Reformada Holandesa.



Para um ex discente uma grande escola reformada, como a que estudou e lecionou Arminio (Leyden), as obras de Calvino não poderia ser vistas como reprováveis, mesmo que existisse pontos discordantes. O importante é que o fundamento da fé, naquelas obras eram tratadas ciosamente, por isto eram dignas de serem referenciadas.

Podemos observar nas obras de Arminus, que ele tinha Calvino em grande estima, mesmo discordande em alguns pontos.



Beza um grande calvinista tratou Arminius com distinção, inclusive incitou aos de Ammsterdã, que mantivessem o patriocínio aos estudos de Armínio, por ele ter “inteligência sagaz tanto com respeito à percepção quanto à discriminação das coisas”.(1) Também afirmou: “Esta é a nossa opinião de Arminius – um jovem homem, inquestionavelmente, tanto quanto nos é possível julgar, muitíssimo digno de sua benevolência e liberalidade.”(2)



Quanto a data da afirmação ignoro, lendo-as, pelo que entendi, ainda estava em meios as controvérsias, foram escritas por um Arminio já divergente. O conselho é dado a seus ex alunos, para que não sigam o exemplo de Helmichius.



Não afirmei que foi o fato de Armínio ter abandonado o calvinismo que reforçou a sua posição como mais bíblica. O que afirmei, é que, sendo Arminio dantes um calvinista, e não só isto, um profundo conhecedor do calvinismo, este fato, legitima a sua posição de questionador – simplismente porque questionava o que conhecia, e também porque o seu questionamento não foi fruto de um pré-conceito, já que ele aceitou até defender a doutrina dantes abraçada.



Companheiro, sobre a grande quantidade de pessoas que adotam o calvinismo como doutrina, a maioria delas não conhecem o arminianismo, conhecem idéias deturpadas, um “pseudo arminianismo”.

Ademais, não acredito que conversões doutrinárias reforçam esta ou aquela idéia, estas ações e posicionamentos, pode tanto provar a consistência de uma idéia, como escancarar a ignorância de pessoas em relação a doutrina que afirmava partidária. Se não acreditasse assim, poderia me valer também da adesão de Clark H Pinnock ao Open Theism, sendo que antes, era um calvinista.



Daniel, jamais poderia questionar a sua posição irônica quanto a afirmação de Arminio, já que proposta do seu site é ser politicamente incorreto, portanto, se você comete uma falácia, esta, naturalmente faz parte da proposta, e, quem sou eu para questionar?



Participo, naturalmente aceitando as condições.



Mesmo sendo um arminiano, acredito que seu papel de provocador seja importante; creio que provocações são válidas, pois as mesmas nos ajudam a avaliar a consistência dos sitemas por nós encarnados.



Saúde.

______

(1)Theodore Beza, citado em Bangs, Arminius: A Study, p. 74.

(2) ibdem

domingo, junho 01, 2008 8:26:00 PM  

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